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As empresas em Espanha e a sua relação com a banca

A APD, em colaboração com a inmark, lançou recentemente no âmbito das Tendências APD um novo Estudo de Trabalho, nesta ocasião para analisar o comportamento das empresas com sede em Espanha com uma faturação entre 1 e 100 milhões de euros face à oferta financeira existente e, com base nos dados recolhidos, conhecer em profundidade as estratégias comerciais e de marketing que as entidades bancárias estão a desenvolver atualmente para esse segmento de clientes.

A pesquisa começou com a realização de 2.700 entrevistas (pessoais, na sua maioria) aos responsáveis financeiros de empresas que, em 2016, faturaram entre 1 e 100 milhões de euros, e que operam com a designação de sociedade. Dessas entrevistas, a maioria realizada ao longo do primeiro quadrimestre de 2017, puderam ser extraídas as seguintes conclusões:

  • Aumenta a diversificação da relação financeira.
  • As condições económicas reforçam a sua posição como um motivo destacado na escolha do banco preferencial com o qual operar.
  • As comissões e os juros continuam a ser a principal razão para deixar de operar com um banco, seguindo-se o mau atendimento/serviço, o qual parece registar um significativo aumento.
  • Destacam-se os dois principais motivos para intensificar a relação com a entidade principal: “deram-nos financiamento” e o bom atendimento/serviço; por sua vez, para reduzir a mesma, os responsáveis entrevistados destacam, coincidindo com o ponto anterior, as comissões e os juros elevados, e o mau atendimento/serviço.
  • As boas referências e as condições económicas são as principais motivações para iniciar uma nova relação financeira.
  • Constata-se uma melhoria importante no que se refere à qualidade do serviço prestado por parte dos bancos.
  • Há uma redução considerável da utilização “presencial” das instalações como canal de relação.
  • Há um aumento da média de produtos e serviços contratados.

11 especialistas para o debate

Posteriormente, e a fim de complementar o estudo realizado, um grupo de especialistas reunido nos escritórios da APD em Madrid e composto por Manuel López (inmark), Eduardo Navarro (Sherpa Capital), Ramón Fernández-Oliva (AFI Escuela de Finanzas), María Marín (Gategourmet), Juan Carlos Delrieu (AEB), Stefan Lindemann (Moonfish), Julio Manero (Alvarez y Marsal), Carlos Álvarez Díaz de Cerio (FosterfinVentures), Amparo de Juan e Francisco García (SNT Digital), e Cristina Mateo (Ibercaja), debateram exaustivamente os resultados da análise.

A discussão e as opiniões permitiram obter um conjunto de conclusões finais, entre as quais cabe destacar que a confiança na banca melhorou consideravelmente, embora a reputação continue a ser um problema; que a situação de oligopólio verificada durante a crise não anteviu que as empresas procurariam financiamentos alternativos; o veloz aparecimento da fintech, que tratou de ocupar o vazio deixado pelos bancos; e que as empresas que recorrem à banca e nela permanecem, basicamente pelo preço, exigem desta soluções em vez de serviços, uma análise de risco mais rápida e menos rígida, e uma oferta digital que facilite o autosserviço com sistemas de acesso e operações padrão.

Desafios pendentes para as entidades bancárias

Porém, nem tudo esteve centralizado no “modus operandi” das empresas face às entidades. De facto, o segundo objetivo da Tendência consistia em identificar os desafios que, em consequência, o setor bancário precisará de enfrentar de agora em diante, pelo menos no que se refere ao alvo empresarial com o propósito de continuar a ser “competitivo”.

Nesse sentido, os especialistas garantiram que as entidades terão de estar cientes do blockchain e da revolução que se pode gerar no campo da segurança das transações e dos riscos que envolvem não só as fontes de financiamento alternativo, que estão a aumentar progressivamente a oferta financeira no mercado, mas também o auge das fintech e a crescente necessidade de mudar de modelo de negócio num contexto dominado pela transformação.

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