Como serão os profissionais em 2030? Certamente, os profissionais do futuro terão de ser preparados para trabalhos que, atualmente ainda não existem. Houve um tempo que esta afirmação não passava de ficção cientifica, mas hoje é uma realidade não muito distante. Assim, o Fórum Económico Mundial alerta, que 35% das qualificações exigidas para empregos em qualquer setor terão de ser transformadas.
Os trabalhos mais comuns, que até agora eram conhecidos como empregos de colarinho branco, vão desaparecer gradualmente
Devido ao desenvolvimento incessante da tecnologia haverá uma reinvenção permanente dos empregos. Como resultado, exigirá determinadas capacidades que ainda não conseguimos imaginar. A familiarização com técnicas de análise de Big Data ou a capacidade de resolver problemas complexos, tornar-se-á uma das características ideais para o trabalhador do futuro. Por essa razão, a formação em disciplinas relacionadas com esse tipo de competências pode significar a abertura de caminhos profissionais que ainda estão por vir.
A digitalização económica requer profissionais especializados em novas tecnologias. A procura aumenta progressivamente e a oferta é escassa. Consequentemente, a formação nestas áreas é ideal para os profissionais do futuro. A empresa de trabalho temporário Randstad revela num relatório como, por exemplo, o aumento da procura de engenheiros industriais recategorizou o setor como profissionais de desemprego zero.
A formação em análise de dados será a melhor opção para encontrar um bom emprego em 2022. Também vai haver procura por especialistas em inteligência artificial e aprendizagem de máquinas, gerentes gerais e operacionais, especialistas em Big Data, transformação digital, novas tecnologias e desenvolvimento organizacional.
Muitos trabalhos estão a nascer, passando por uma transformação intensa e rápida
O impacto da modificação do papel de empregos especializados em novas tecnologias será materializado na procura por trabalhadores altamente qualificados. Consequentemente, o local de trabalho será de alta qualidade. Os trabalhos mais comuns, que até agora eram conhecidos como empregos de colarinho branco, vão gradualmente desaparecer.
Competências com aumento da procura.
Para poder ocupar uma posição de responsabilidade relacionada com esta nova tipologia de trabalho, as empresas vão procurar habilidades que até agora não eram muito relevantes. As competências relacionadas com a tecnologia estão no topo e o seu prestígio permitirá o acesso a empregos com maior qualidade. O outro grande requisito será ter competências humanas claras, como empatia ou a capacidade de trabalhar em equipe.
Na última edição do relatório do Fórum Económico Mundial, as dez capacidades mais procuradas em 2022 são:
Todas as capacidades listadas tentam fazer uma síntese entre o conhecimento tecnológico e o conhecimento humano. A cima de tudo, o objetivo é aperfeiçoar as capacidades tecnológicas, com uma forte influência de reflexão e autocrítica para lançar as bases de uma ética relacionada com esse desenvolvimento. Devido a esta transformação as sociedades desenvolvidas enfrentam um grande desafio: chegar ao consenso em relação à ética que sustenta esta transformação inevitável.
Consequentemente, capacidades manuais, de memória, gestão de recursos materiais e financeiros, instalação e manutenção técnica, leitura, gestão de pessoal, controle de qualidade e segurança, coordenação e gestão do tempo, habilidades visuais e uso tecnológico serão capacidades que, no futuro, terão menor procura. Ainda que, algumas capacidades tenham relação com as novas tecnologias, a automação dos processos irá conduzir para segundo plano certas tarefas que hoje são realizadas manualmente.