Raramente nos questionamos, tanto quanto agora, se a banca está preparada para o futuro. A razão para essa insistência não é uma, mas duas. Por um lado, o setor bancário vem de uma das maiores crises da sua história. Há dez anos atrás com a queda do Lehman Brothers. Este facto marcou o início da grande crise financeira global. Por outro lado, o setor bancário está numa encruzilhada marcada pela crescente regulamentação, pela necessidade de recuperar certos níveis de rentabilidade e pelos enormes desafios, que a todos os níveis, Representa a transformação digital.
Voltando à pergunta inicial, a resposta é, a banca está preparada para o futuro. No entanto, com nuances, porque com a era digital qualquer empresa, de qualquer setor, deve preparar o futuro dia-a-dia. O futuro não é garantido. Como apontam os reguladores financeiros, as entidades devem refletir profundamente sobre o seu modelo de negócio, para gerar rentabilidade e benefícios recorrentes.
Portanto, do ponto de vista da saúde financeira, a proliferação e o endurecimento da regulamentação estes últimos anos traduziram-se num fortalecimento dos níveis de solvência e nas políticas de gestão de riscos.
Dito isto, não é possível baixar a guarda porque os riscos são cada vez mais numerosos e imprevisíveis, com impacto direto nos resultados e na reputação das instituições. Algo habitual nas notícias de hoje é, por exemplo, o roubo de dados de clientes que coloca um problema de confiança na entidade hackeada. Em conclusão, sem confiança, a banca não sustentável.
Com a era digital qualquer empresa, de qualquer setor, deve preparar o futuro dia-a-dia. O futuro não é garantido.
Ceteris paribus a grande prova de fogo é a transformação digital. Após a mudança, em que a fintech avançou à esquerda, o banco acelerou o ritmo e hoje existem entidades com projetos realmente inovadores e de ponta. O setor está a explorar novas tecnologias, como Big Data, Machine Learning, Inteligência Artificial ou Blockchain, para melhorar a experiência do cliente e a eficiência dos processos.
Mas a transformação digital, como a inovação, é um processo que sabe quando começar, mas não quando terminar. Na verdade, nunca acaba. E longe de manter uma velocidade constante, a inovação vive uma aceleração exponencial marcada pela chegada e adoção rápida de novas tecnologias.
Os Bancos, em geral, estão a seguir a ordem que a transformação exige.
Na KPMG, estamos otimistas em relação ao setor. Os bancos, em geral, estão a seguir a ordem que a transformação exige. Eu só quero enfatizar, para aqueles que estão a ficar para trás, que não fazer nada, quando tudo muda ao nosso redor não nos deixa no mesmo lugar, mas sim atrás de nós.