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A longevidade e o desafio das sociedades do futuro

Nós, portugueses vivemos cada vez mais anos. O mesmo acontece com todas as sociedades ocidentais. Esta realidade afeta, entre muitas outras áreas a evolução humana, o tecido empresarial global, que hoje enfrenta um novo desafio: o desafio da longevidade do negócio.

Os enormes avanços na saúde, na medicina e no progresso científico-tecnológico tornaram possível que a expectativa de vida dessas sociedades tenha aumentado no último século a um ritmo estonteante: quatro anos por década, ou10 horas por dia.

Os portugueses vivem hoje, em média, quase 81 anos -70 deles em geral com boa saúde. Isso coloca-nos como um dos países com mais esperança de vida do mundo.

Não é improvável que os seres humanos ultrapassem os 120 anos no final do século XXI

A esperança média de vida em Portugal vai ganhar dez anos até 2080, revelam as projeções do Instituto Nacional de Estatística. Nas mulheres será acima de 92 anos e nos homens de 87.

E a proliferação de tratamentos e terapias destinadas a prolongar a vida avançam a um ritmo tal, que irá aumentar o número de chamados ‘Supercentenários’, ou seja, aqueles que vivem 110 anos ou mais.

Esses segmentos da população adquirem cada vez mais relevância e vão se tornar um foco prioritário de atenção, uma vez que o aumento da longevidade não parece parar. Não é improvável que os seres humanos ultrapassem os 120 anos no final do século XXI.

Bom sinal, mas com implicações

Que vivamos mais e melhor é sem dúvida, uma boa notícia para as pessoas e para a humanidade, mas esse fenómeno incontrolável tem múltiplas implicações para as sociedades.

Ela levanta enormes desafios económicos, financeiros e sociais que não podem ser ignorados ou negligenciados e, portanto, somos obrigados a pensar muito seriamente sobre eles, uma vez que isso vai mexer com o ciclo de vida das pessoas, com as políticas públicas, instituições e empresas, especialmente aquelas ligadas à vida e ao bem-estar dos idosos.

Num ambiente no qual muitas vidas terminarão com 100 anos, será inevitável estruturar as suas fases de maneira diferente e precisaremos alterar muitas situações. Por exemplo, o marco social e laboral de 65 anos, que tradicionalmente marcou a passagem para a reforma e a chamada “terceira idade”.

Atualmente, grande parte da população portuguesa já sobrevive a essa idade e tem, em média, uma expectativa de vida adicional de 21 anos.

longevidade

Os portugueses vivem hoje, em média, quase 81 anos, o que nos coloca como um dos países com maior longevidade do mundo.

Diante dessa realidade, teremos que refletir sobre como abordar as necessidades das pessoas que atingem essas idades. Sendo que o aumento da vida acontece quase exclusivamente após a reforma. Isto tem um impacto direto na sustentabilidade do sistema de pensões, que temos vindo a discutir há já alguns anos.

Se fizermos uma projeção demográfica do quadro resultante de tudo isso, veremos que a percentagem da população portuguesa acima de 65 anos, que atualmente é de 19%, será de 35% em menos de 50 anos. Isto é, quase duplicará. Terá o sistema de pensões capacidade para dar resposta a uma esperança média de vida cada vez mais longa?

Soluções para o bem-estar

O aumento da longevidade também afeta diretamente as questões de dependência e saúde, o que nos obriga a calcular cuidadosamente e avaliar o impacto desse fenómeno sobre o estado de bem-estar e da própria indústria de seguros.

Este sector terá de exercer, um papel mais importante em tudo o que diz respeito à chamada quarta idade, com vista a propor soluções inovadoras para garantir o bem-estar no sentido mais amplo do termo, para todos esses cidadãos.

Não se fala apenas de criar produtos que ofereçam o complemento económico necessário para completar benefícios públicos, matéria de extrema importância para o futuro individual e colectivo, mas também para oferecer bons serviços residenciais, saúde e cuidados capazes de oferecer aos idosos a longevidade agradável, ativa e com as maiores satisfações e bem-estar possíveis. Esse é o desafio e essa é a questão para a qual devemos dar uma resposta adequada.

Devemos impulsionar e promover estilos de vida que permitam manter uma vida saudável

Por outro lado, para os segmentos mais jovens – abaixo ou bem abaixo de 65 – teremos que conscientizá-los sobre a importância de mudanças que tenham impacto positivo na sua saúde, e devemos impulsionar e promover estilos de vida que permitam manter uma vida saudável. Neste, a saúde preventiva torna-se um instrumento especialmente importante e valioso.

A Longevidade, um dos grandes desafios

Não há dúvida de que a longevidade é um dos grandes desafios do século XXI e um dos grandes desafios do sector de seguros. Este sector tem o desafio de enfrentá-lo e a responsabilidade de resolvê-lo.

As Companhias de Seguros devem comprometer-se em responder a este desafio através do compromisso de fornecer produtos e serviços de qualidade que garantam bem-estar económico e a atenção necessária a quem precisa, após a reforma, possibilitando assim, uma quarta idade e uma vida mais longa nas melhores condições.

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