Como é do conhecimento geral, a pandemia da Covid-19 é uma séria ameaça para a saúde e bem-estar da humanidade. A disseminação do vírus, bem como os esforços para o conter, têm um impacto muito significativo no nosso dia-a-dia. É prioritário tomar as decisões necessárias para mitigar os efeitos da pandemia e proteger as pessoas. A incerteza económica que vivemos tem um impacto indireto nas empresas que deve ser, por todos reconhecido.
Os administradores e gestores das empresas devem focar-se numa atuação proactiva para lidar com o cenário atual, nunca antes vivido, devendo concentrar os seus esforços na sua exposição ao risco, interdependência e elegibilidade para receberem apoio do Estado.
Com o receio de uma desaceleração global, os governos reagiram rapidamente, mas os apoios diferem de acordo com o país. A título de exemplo, no Reino Unido, foram disponibilizados 330 bilhões de libras em empréstimos comerciais, enquanto que o governo dos EUA – para além de uma série de empréstimos comerciais – priorizou a compra massiva de títulos, com o objetivo de reduzir as taxas de juro de longo prazo. A chave para as empresas é priorizarem como se pode beneficiar das medidas que o governo introduziu assim como das recentes linhas de crédito bancário, para o efeito. À medida que o cenário do apoio governamental e da política bancária muda, deve apoiar-se em alguém que o possa ajudar como beneficiar destas medidas.
O isolamento voluntário ou forçado das equipas exige, uma comunicação interna clara, de forma a manter a força de trabalho, à distância, atualizada e motivada. No caso de um longo período de fecho, os colaboradores poderão ter que ser realocados: nestes casos, deve rever-se os contratos de trabalho e eventuais acordos para garantir que a gestão seja transparente e que exista flexibilidade nesse sentido.
Os hábitos de grande consumo passaram por grandes mudanças. Enquanto os supermercados, farmácias e outros negócios ligados à procura do consumidor e ao vírus experienciam aumentos massivos, outras indústrias como o turismo e lazer, por exemplo, sofrem quedas abruptas nas vendas.
Em momentos como este é necessário rever, semanalmente, as projeções de fluxo de caixa e projetar análise de potenciais cenários de desempenho de saídas de fluxo de caixa, adequando aos diversos graus de quebra dos negócios. Estas informações são cruciais e necessárias para uma comunicação útil e honesta com seus principais parceiros e financiadores.
Um acontecimento desta dimensão, que afeta todos, permite- que discutamos mais aberta e honestamente. Há um sentimento crescente de que todas as empresas estão juntas, neste momento tão particular: não adote uma mentalidade fechada em si mesmo. Se sua empresa estiver exposta por motivos que se prendem com baixas reservas, tente adiar grandes despesas, discuta seus acordos com os proprietários e, quando necessário, aumente a dívida com os credores. Se você não questionar, nunca receberá.
É difícil prever a procura de B2C nas próximas semanas e meses – mas, com tanta incerteza, é provável que a maioria dos clientes não se comprometa com grandes investimentos financeiros. Necessita de continuar a adaptar-se à procura projetada para os seus produtos e serviços, com o objetivo de se manter atualizada sobre os planos de venda e contingência. Mais uma vez, estas informações são críticas para a comunicação com os principais parceiros (credores, proprietários e outros).
Se sua empresa está vocacionada para os mercados B2B, é necessário estabelecer como está exposta a sua carteira de clientes – a realidade é que com acontecimentos desta natureza, muitas organizações sofrem, mas algumas têm a ganhar. Ao focar nos que precisam de apoio, vai poder fortalecer relacionamentos e estabelecer canais de venda e pagamento sustentáveis, e até, imediatamente lucrativos.
