Existem muitas empresas que já estão a realizar ações muito inovadoras na área de marketing no metaverso. O objetivo não é outro senão reunir o mundo real e o mundo virtual para criar uma experiência única. Marcas como Gucci, Coca-Cola, Nike, Hyundai ou Louis Vuitton já começaram a trabalhar nessa linha, mas a evolução dessas comunidades virtuais interconectadas vai significar uma mudança radical para os profissionais de marketing que desejam atingir novos públicos. Está realmente claro quais são as melhores estratégias de marketing digital que as empresas podem implementar no metaverso?
Segundo a Baufest, 70% das grandes marcas de retalho estarão no metaverso dentro de cinco anos. Num mundo em que ainda há todo o seu potencial a ser explorado, como o dos ambientes virtuais, as empresas enfrentam muitos desafios. É por isso que muitas organizações já utilizam experiências interativas, mundos virtuais e realidade aumentada para divulgar os seus produtos e serviços. Isso permite que os utilizadores experimentem um mundo digital de maneira imersiva. Estas são algumas das ações que muitas marcas já começaram a realizar no universo virtual:
Incluir jogos na estratégia de marketing do metaverso incentiva o público-alvo a interagir com a marca de forma direta. Neste campo já existem marcas que começaram a utilizar alguns jogos virtuais como estratégia paralela às estratégias de marketing que desenvolvem no mundo real.
Por exemplo, a Deliveroo participou do “Animal Crossing” simulando os seus serviços da vida real. Outra marca que já optou por marcar presença nos jogos do metaverso é a Balenciaga, que se associou ao Fortnite para que as personagens desse famoso videojogo protagonizassem verdadeiras campanhas de marketing, enquanto vestiam as roupas da marca no mundo virtual.
Os motivos para as empresas estarem presentes no metaverso são muitos, mas há um que é de vital importância: esses espaços virtuais são o local onde estão os seus futuros clientes, uma geração que cresceu no ambiente online e no mundo gamer. Algo que para eles não é uma novidade, mas sim o seu dia a dia.
No metaverso, as marcas podem explorar o desejo dos utilizadores de se fazerem representar através de avatares, que são uma forma de expressar a sua identidade. O avatar constrói uma personalidade digital que permite interagir com outros jogadores nessa realidade virtual para viver uma experiência imersiva. E já existem empresas que capitalizaram isso criando experiências exclusivas para avatares.
Uma das marcas que oferece essa experiência no metaverso é a Gucci. Ela não apenas vende versões digitais das suas roupas de luxo no Roblox, mas também fez parceria com o 10KTF (um projeto NFT que inclui um mundo virtual), criando uma personagem fictícia e acessórios de moda para venda.
Os nomes de Lil Miquela ou Shudu podem não ser conhecidos por muitos; mas Lil Miquela foi incluída na revista Time como uma das “pessoas” mais influentes da Internet, enquanto Shudu é o rosto das marcas de moda e luxo. Ambas são avatares, modelos virtuais que ditam tendências com milhões de seguidores nas redes sociais.
O marketing de influenciadores já domina o mundo das redes sociais ou plataformas como Tik Tok ou YouTube, mas influenciadores no metaverso assumem um significado totalmente diferente. Não são mais pessoas reais: são avatares que, mesmo sem ter presença no mundo real, se tornaram celebridades.
Cada um dos perfis desses influenciadores tem a sua própria biografia e características. E, assim como no mundo real, as estratégias de marketing de influenciadores no metaverso envolvem encontrar ou criar um avatar virtual que represente fielmente a marca.
O metaverso é uma oportunidade única de reunir milhares (ou milhões) de pessoas em tempo real, ainda que virtualmente. Massive Interactive Live Events (MILE) são apresentações, torneios ou eventos que acontecem no metaverso e que durante a pandemia se tornaram um recurso amplamente utilizado por muitos artistas. Por exemplo, depois de sofrer muitos cancelamentos por conta de restrições de lotação, o cantor The Weeknd usou um avatar digital para se apresentar no Tik Tok num show virtual que teve mais de dois milhões de visitas.
Outro caso realmente significativo foi o do rapper Travis Scott, que em abril de 2020 reuniu um público de quase 30 milhões de espectadores num evento no Fortnite. No caso de Espanha, o primeiro concerto do metaverso foi produzido pela Pull&Bear, com a atuação da artista internacional Nicki Nicole no Roblox.
Os NFTs no metaverso permitem promover uma marca e os seus tokens simultaneamente. Quanto mais exposição uma marca recebe, mais o valor dos seus NFTs aumentará. E quanto mais valor eles tiverem, mais relevância a marca terá.
Já existem marcas que tiveram sucesso nesse sentido. Budweiser e Pepsi lançaram coleções NFT em que o número total de itens correspondia ao ano da sua fundação. Ou a Givenchy, que criou várias coleções de NFTs artísticos associados aos valores da marca, cujas receitas são revertidas para campanhas relacionadas, como a comunidade LGBTIQIA+ ou o cuidado com os oceanos.
Assim, as empresas podem encontrar no metaverso um local ideal para interagir com o consumidor e atingir os seus potenciais clientes, ao mesmo tempo em que dão a conhecer sua marca. Mas não apenas isso, também permite criar experiências inovadoras impossíveis de projetar no mundo real, seja usando avatares ou com representações virtuais de lojas físicas. O marketing no metaverso acabará por ajudar as empresas a terem relevância no mundo virtual e a levar os seus produtos de forma única a toda uma nova geração de consumidores.
