A diversificação de negócio é uma das estratégias que uma empresa pode utilizar para crescer. É, talvez, uma das apostas mais arriscadas pela qual uma empresa pode optar, pois consiste em lançar um novo produto para um mercado desconhecido e com o qual nunca trabalhou. Mas porquê que as empresas devem fazer isso de vez em quando?
Apesar dessa estratégia ser considerada uma das mais arriscadas, se prestarmos atenção aos termos económicos percebemos que os negócios que apresentam mais risco também são aqueles que podem gerar um grande lucro. Quando uma estratégia desse tipo corre bem, a empresa passa a ter um novo produto no mercado, o que representa o passo anterior para aumentar a carteira de clientes.
Para que a diversificação de negócio seja realmente útil, deve ser realizada em mercados e produtos com relação inversa à dos seus produtos e mercados atuais com o estado da economia e do universo financeiro. Assim, a demanda dos mercados estabelecidos é reduzida e será compensada pelo aumento simultâneo dos novos. Desta forma, pode-se dizer que a empresa é independente dos diferentes e inconstantes ciclos económicos.
Os negócios que apresentam mais risco também são aqueles que podem gerar um grande lucro.
Existem diferentes tipos de diversificação de negócio. A aplicação de um ou outro tipo dependerá das condições de mercado e da própria empresa e dos seus objetivos.
Entre os fatores mais importantes que podem desencadear a decisão de iniciar uma diversificação deste tipo, destacam-se:
Além dos fatores supracitados, são tidas em conta as seguintes situações ou necessidades:
1. Saturação do mercado
Isso acontece se os objetivos de crescimento na relação produto-mercado não puderem ser alcançados por meio da expansão. Ou seja, os mercados são muito competitivos e, em alguns setores industriais, há uma forte supersaturação, pois há muitas empresas que oferecem os mesmos serviços e produtos. Graças à diversificação, novos produtos podem ser oferecidos em novos mercados.
2. Redução dos riscos
Se o negócio for diversificado, os riscos são reduzidos no longo prazo. Embora algumas atividades possam falhar, é difícil que todas elas corram mal ou corram mal ao mesmo tempo. À medida que o âmbito do investimento é ampliado, o risco de fracasso financeiro reduz. O fracasso de muitas atividades é sempre menos provável do que o fracasso de uma única, pois é algo que pode acontecer com mais facilidade.
3. Gerar sinergias
O desenvolvimento de novas atividades e o relacionamento com outras empresas é mais importante do que se imagina à primeira vista. O resultado disso será que o todo funcionará com mais eficiência e o controlo sobre o negócio será maior.
Existem quatro tipos de sinergias: de direção, produtivas, financeiras e comerciais. O desempenho do conjunto dos negócios como um todo é melhor do que o de cada um separadamente.
4. Aproveitar os recursos
Cada empresa decide onde investir os seus recursos excedentes e a sua capacidade de criar um novo produto, serviço ou estabelecer novos relacionamentos com outras empresas.
A diversificação de negócio permite ampliar o público-alvo ao qual se dirige, entra em novos mercados, melhorar a imagem da marca, gerar maior receita e diferenciar-se da concorrência.
5. Oportunidades de investimento
É interessante fazer investimentos em atividades que suponham possibilidades de rentabilidade e crescimento. Uma diversificação pode ser realizada se as oportunidades detetadas supõem uma rentabilidade maior do que a realização de uma expansão.
A diversificação de negócio traz uma série de benefícios, como ampliar o público-alvo ao qual se dirige, entrar em novos mercados, melhorar a imagem da marca, gerar maior receita e diferenciar-se da concorrência. Cada empresa deve decidir como fazê-lo com base na sua filosofia e objetivos. Ficar estagnado nunca é uma opção.
