Opinión

Mercado Internacional: o apoio da banca ao sucesso das empresas

É impressionante o caminho trilhado pelas empresas portuguesas, durante os últimos 20 anos, na procura de novas oportunidades de negócio no mercado internacional. Recordamos ainda os primeiros passos dados na década de 90, quando muitas PME´s tentaram ensaiar a sua sorte nos mercados africanos de expressão portuguesa.

A procura de novas oportunidades fora do mercado nacional foi sendo feita de passos graduais, com avanços e retrocessos, onde muito conhecimento foi sendo consolidado à medida que se foi fazendo estrada em diferentes mercados e diferentes contextos.

Também se foi tornando evidente a dificuldade das PME´s portuguesas, isoladas, conseguirem romper o acesso a novos mercados. O tempo foi demonstrando que a prévia internacionalização de empresas de maior escala, os chamados “porta-aviões”, têm sido um factor decisivo para abrir janelas de oportunidade para as empresas de pequena e média dimensão.

Apoio da Banca as oportunidades no mercado internacional

Quando as PME´s começaram a consolidar a presença junto de compradores internacionais, rápidamente começaram a emergir pontos críticos necessários à boa conclusão dos negócios. Sem ser exaustivo, aponto os seguintes: a) o conhecimento das regras do comércio internacional, b) a montagem de contratos de compra e venda no estrangeiro, c) o transporte marítimo, terrestre e aéreo e respectiva documentação, d) as práticas de seguros internacionais de mercadorias, e) a verificação da qualidade dos bens exportados, os procedimentos e regimes aduaneiros. Adicionalmente, emergiu a necessidade de cobrir os riscos financeiros das vendas ao exterior.

Foi assim que as empresas exportadoras foram gradualmente encontrando novos parceiros, que depressa se tornaram imprescindíveis no seu sucesso externo. Entre todos, gostaria de realçar o papel do banco e o seu papel decisivo no sucesso do negócio externo das nossas PME´s.

Não tenho dúvidas sobre a missão do banco no apoio às empresas nos mercados externos, não só colocando à sua disposição as ferramentas que permitem agilizar os pagamentos internacionais e cobrir os seus riscos, mas também partilhando o conhecimento e network que pode possuir em diferentes geografias.

Mas para um banco cumprir eficazmente a sua função, tal como descrito acima, quais são os atributos que deve possuir e desenvolver? Por outras palavras, quais são os grandes pilares que permitem que um banco seja um verdadeiro parceiro no negócio internacional das PME´s?

Acredito que existem sete factores distintivos, que caso estejam presentes, fazem a diferença no apoio dado às nossas empresas no negócio internacional.

Primeiro ponto:

A instituição financeira ser internacionalmente credível e gozar de fortaleza financeira. Efectivamente, apenas um banco com capacidade de ser reconhecido e aceite pelos seus pares nos mercados internacionais pode ajudar as empresas com quem trabalha. Penso que todos nos recordamos dos anos difíceis da recente crise financeira portuguesa e como essa situação penalizou a presença das nossas PME´s nos mercados externos, tanto do ponto de vista de imagem como na própria concretização dos negócios.

Segundo ponto:

De importância capital é o banco possuir um forte network de bancos parceiros nos mercados internacionais, tanto nas geografias tradicionais do comércio externo português como em novas regiões que vão sendo abertas gradualmente pelas empresas. Sem este network, as operações financeiras tornam-se mais difíceis, mais caras e com prazos de execução excessivamente longos.

Terceiro ponto:

Conhecimento das bases do comércio externo das PME´s. É um aspecto de enorme importância. Se o banco não compreende o negócio de exportação da empresa, as regras do comércio internacional (onde se inserem os Incoterms, por exemplo), se não entender o papel dos restantes parceiros que apoiam a exportação, então dificilmente conseguirá enquadrar devidamente o seu papel e a forma como o deverá desempenhar eficazmente.

Quarto ponto:

Capacidade de trade finance, ou seja, o conhecimento dos instrumentos que podem e devem ser usados para mitigar os riscos financeiros implícitos ao comércio externo, a forma como esses instrumentos podem ser utilizados em cada caso específico, a agilidade na montagem das operações e a capacidade de as realizar nos timings adequados ao negócio da empresa.

Quinto ponto:

Existência de uma equipa de especialistas de negócio internacional que incorpore o know-how dos pontos anteriores, tenha maturidade e experiência, podendo criar um real valor no contacto com a empresa e na concretização das operações. Profissionais que sejam uma verdadeira mais-valia no contacto diário com as empresas exportadoras.

Sexto ponto:

O banco conseguir pôr à disposição das empresas, canais simples e ágeis de comunicação e execução das operações. Penso que ninguém põe em dúvida a evolução tecnológica que está a ocorrer e como esta situação tem um enorme impacto na forma de fazer os negócios. Deve a instituição financeira conseguir também acompanhar de forma rápida e eficaz todos os desenvolvimentos que vão ocorrendo, nomeadamente na área digital, e conseguir colocar à disposição das empresas as formas mais simples e próximas de acesso à montagem das operações financeiras e sua execução.

Sétimo ponto:

Capacidade de um banco estar presente em diferentes geografias. Todos conhecemos como é difícil uma PME dar os primeiros passos num mercado novo. A presença de “pontos de apoio” nesta fase, como por exemplo um banco que conheça e tenha presença no novo mercado, pode fazer toda a diferença.

Gostaria de vos dizer que são estes sete pontos que a equipa de negócio internacional do Santander Totta tem vindo a desenvolver nos últimos anos. 

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