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Investimento em 2019: Perspectivas de onde colocar o seu dinheiro

Quando realizamos um investimento, em regra e no mínimo, o que acontece é assumirmos um risco. Nos tempos que correm, depois de 2018, quando a maioria dos activos fecharam com perdas e, perante um 2019 que não parece muito melhor, a grande maioria dos investidores enfrentam um terrível dilema: deixar o pouco ou muito dinheiro, que possuem, tal como está, que segundo sabem, a inflação pode fazer com que perca valor ao longo do tempo, ou investi-lo em algum tipo de activo para tentar conseguir benefícios.

A verdade é que não há uma resposta única para um dilema como este que este ano afectará novamente milhares de investidores. Na verdade, tudo depende de factores como a capacidade de investimento, o nível de risco que estamos dispostos a assumir, as variações da rentabilidade ou o tempo que podemos e queremos ter o dinheiro investido. Todas as variáveis além destas serão condicionadas por um ano cheio de dúvidas no terreno político e onde a volatilidade poderá ser a nota dominante.

Os especialistas asseguram que é necessário agir com cautela, já que todas as perspectivas visam um mercado mais do que instável, com tendência a sofrer importantes oscilações

Embora, os especialistas se mostrem moderadamente optimistas quanto à evolução do mercado de acções durante este ano, asseguram que é necessário agir com cautela, pois todas as perspectivas apontam para um mercado mais do que instável, com tendência a sofrer grandes oscilações.

Então para onde devemos nós direccionar o nosso dinheiro?

Na APD, analisámos algumas opções com os especialistas da Fidelity International, uma das mais conceituadas empresas de gestão de activos e administração de fundos no cenário internacional.

Onde investir o seu dinheiro em 2019?

Sugestões dos especialistas:

1. Multi-activos

Num contexto como o de 2019, uma das opções poderá ser diversificar o nosso investimento em diferentes activos. Desta forma, podemos “manter a precaução através de um posicionamento defensivo e capitalizar recursos de análise para aproveitar as oportunidades que surgem”, como explicou Eugene Philalithis, gestor do Global Multi Asset Income Fund da Fundos Fidelity, fundo que tem como objectivo providenciar rendimento e crescimento do capital moderado a médio e longo prazo.

Segundo o especialista e tendo em conta o momento actual, a precaução é mais do que justificada, dado que os mercados se estão a ajustar à pressão das condições financeiras. No entanto, as oportunidades continuam a existir. “A normalização da política monetária continuará nos mercados desenvolvidos, o que vai exigir um ajuste dos prémios de risco nas classes de activos supervalorizados”, confirma Philalithis.

Neste contexto, os mercados emergentes como a Ásia e o Japão estão a ficar cada vez mais atraentes para os investidores e podem vir a ser “um refúgio do ponto de vista macro”. No entanto, e segundo palavras do próprio gestor, há que ter cautela, porque “também poder-se-á continuar a ser vítima da volatilidade dos mercados desenvolvidos.”

Investimento: onde investir

2. Rendimento Fixo

“A qualidade e selecção de títulos será a chave para lucrar com a renda fixa em 2019”, diz Martin Dropkin, chefe global de análise de dívida corporativa na Fidelity International e um dos principais especialistas neste tipo de activos. Assim, num cenário em que as taxas positivas de curto prazo voltarão à cena, especialistas como David Simner, co-gestor da Fundos Fidelity – Euro Short Term Bond Fund, um subfundo, que tem como objectivo oferecer um rendimento relativamente elevado com a possibilidade de crescimento do capital; prevê, que “o grau de investimento da dívida europeia vai continuar a fornecer um perfil de rentabilidade superior em comparação com a dívida pública.”

Simner, mostra-se cauteloso sobre possíveis aumentos nas taxas de juros e no fluxo contínuo de notícias políticas e económicas (o Brexit, por exemplo), que poderão dificultar a obtenção de retornos sobre esse tipo de dívida. Porém, tendo em conta os parâmetros fundamentais, as carteiras de dívida de investimento devem ser capazes de suportar a volatilidade e gerar retornos mais elevados.

Os especialistas também não descartam que os títulos do Tesouro dos EUA, que eram uma das piores classes de activos de 2018, irão surpreender, estando em alta no próximo ano. Tim Foster e Claudio Ferrarese, co-gestores dos Fundos Fidelity Flexible Bond Fund, subfundo, que tem como objectivo providenciar rendimento e crescimento do capital; sugerem que uma boa estratégia seria “aproveitar as oportunidades em áreas menos alavancadas do mercado de títulos corporativos, onde se poderá alcançar maior rentabilidade mais facilmente do que nos moderados”.

3. Rendimentos variáveis

A Rentabilidade variável continua a ser um dos activos com maior potencial de crescimento. É claro que os analistas dizem que a maior ameaça a esse activo é a dívida que se acumula na economia mundial. Além disso, os preços do petróleo e aumentos nas taxas de juros nos Estados Unidos (embora o seu crescimento económico continue forte) “poderia estabelecer-se como obstáculo nos próximos meses”, confirma Matt Siddle, gestor dos Fundos Fidelity European Larger Companies Fund, subfundo que tem por objectivo providenciar um crescimento de capital a longo prazo, esperando-se um nível de rendimento baixo.

O que devemos fazer se optarmos por esse tipo de activo? Uma boa estratégia pode ser olhar para as empresas com “bases sólidas e potencial para gerar retornos interessantes a longo prazo, seleccionados a partir de uma análise ascendente rigorosa”, disse Siddle. Portanto, por sectores, seria preferível optar pela tecnologia e não pelo equipamento e optar por aquelas empresas que são excelentes e possuem preços atractivos.

Uma boa estratégia pode ser olhar para as empresas com “bases sólidas e potencial para gerar retornos interessantes a longo prazo

Nas palavras de Raymond Ma, gestor dos Fundos Fidelity China Consumer Fund, fundo que tem como objectivo conseguir um crescimento de capital a longo prazo a partir de uma carteira constituída principalmente por acções de empresas cotadas na China e Hong Kong; a melhor estratégia é concentrar-se em “acções que podem resistir à volatilidade a curto prazo e gerar crescimento sustentável nos próximos três a cinco anos”.

Em particular, Raymond Ma, aposta em empresas com balancetes sólidos e uma grande capacidade de gerar fluxos de caixa. Na sua opinião, sectores relacionados à ‘Nova China’ podem ser menos sensíveis a dificuldades macroeconómicas a curto prazo. As empresas de consumo, de seguros ou farmacêuticas, bem como aquelas que trabalham em áreas como automação e inteligência artificial, big data e nuvem, podem representar o cavalo de tróia no que diz respeito ao investimento, isto é, poderão ser apostas vencedoras.

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