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Principais diferenças entre DLT e blockchain

Ainda que o DLT e blockchain  funcionem sobre as mesmas bases, apresentam na realidade certas particularidades técnicas. Isto faz com que em determinadas situações se confundam as duas tecnologias. Mais adiante, faremos a sua clara distinção. De modo introdutório há que entender que o blockchain é uma aplicação da tecnologia DLT. Ou seja, enquanto o primeiro fornece prestações particulares, a segunda pode desenvolver-se de diversos modos.

Foi precisamente isto unido ao êxito das cripto divisas que impulsionou as grandes empresas à exploração das aplicações DLT. Assim, podemos supor que durante os próximos tempos serão inúmeras as empresas, de diferentes sectores, a aplicar estas técnicas de registos; poderão distribuir novas utilizações aos novos registos como a contratação inteligente, a cibersegurança ou os livros de registo electrónicos. Não é em vão que o próprio Banco de Espanha, por exemplo, esteja a direccionar, há cerca de um ano, recursos editoriais para a difusão das tecnologias de registos distribuídos.

Tecnologia DLT

DLT (Distributed Ledger Technology) é uma estrutura de dados que se distribui geograficamente. Assim, são vários os servidores que tratam simultaneamente da informação de base, sem que exista um administrador principal. Isto é, um registo distribuído não é mais que uma base de dados gerida por um colectivo de participantes. Cada um deles dispõe de uma cópia do registo para que eventuais variações sejam fáceis de detectar dado que as actualizações de base dos mesmos dispõe de uma cópia do registo, por forma a que eventuais variações serão fáceis de detectar, já que as actualizações de base se realizam mediante o consenso de todos os participantes.

Como se comprovará, este elemento é comum à tecnologia em cadeia de dados, tecnologia essa derivada da DLT. A principal vantagem desta tecnologia é que garante a integridade dos dados o que a tornou idónea para gerir ‘livros de contas’. 

A Integridade da tecnologia DLT

Alguns peritos assinalam que uma das garantias de integridade das tecnologias DLT reside na inexistência de autoridades centrais. Ao existirem diferentes interesses, cada um dos participantes no sistema de gestão vigia o resto, funcionando mediante um sistema de inspiração consensual.

Tecnologia blockchain

A tecnologia blockchain tem interessado bastante os peritos e gestores pelas utilidades que pode apresentar em matéria de segurança e confidencialidade no que respeita ao tratamento da informação. Funciona, basicamente, encadeando blocos de dados. Cada um destes blocos contém informação sobre a operação que se está a realizar. Os elementos iniciais e finais do bloco relacionam-se, respectivamente, com o bloco anterior e posterior.

Assim, a modificação do bloco corrompe a cadeia completa sendo praticamente impossível a sua alteração. Para além disso, a tecnologia baseada em cadeias de blocos funciona de modo distribuído.

Ou seja, são vários os computadores que operam simultaneamente na cadeia pelo que esta não pode ser atacada se tal não acontecer de modo coordenado (algo, também, impossível na prática).

Usos destacados do blockchain

A utilização desta tecnologia permitiu criar utilizações tão relevantes como, por exemplo, as cripto moedas, precisamente graças à fiabilidade e estabilidade do sistema, bem como a segurança e confidencialidade no que respeita ao tratamento dos dados.

Semelhanças e diferenças das DLT e o blockchain

Concluindo, tanto as DLT como as blockchain são organizações de bases de dados que permitem uma gestão distribuída. Com a sua utilização as empresas conseguem importantes benefícios no que concerne a integridade e segurança do sistema. Assim, para corromper os dados de qualquer uma destas tecnologias seria necessário ataca, simultaneamente, todos os operadores, o que implicaria que o atacante deveria superar em potência de computação a totalidade dos participantes.

Porém, a DTL é uma tecnologia mais genérica já que, simplesmente, faz referência a uma base de dados descentralizada. Temos como exemplo, as redes peer-to-peer que se utilizaram durante o princípio de 2000, para descarregar arquivos (Emule, Sharemule, Bittorrent…) eram sistemas DTL, que pouco têm que ver com a criptografia e o sistema financeiro.

Será o blockchain a evolução definitiva da DLT?

A aplicação da tecnologia DTL a um modelo de blocos interconectados (como é o blockchain), origina uma tecnologia extremamente útil para criar um sistema seguro como o necessário para as cripto moedas. No entanto, os peritos enaltecem, actualmente, esta diferença em ambas as aplicações.

O motivo prende-se ao facto do blockchain já ter demonstrado a sua potencialidade ao servir como fundamento a inúmeras cripto divisas e tecnologias de encriptação e identificação.

No entanto, as DTL parecem ser uma nova oportunidade para as grandes empresas, franquias e multinacionais. Por exemplo, os smart contracts (operações que permitem a performance de transacções credíveis, sem a necessidade de uma terceira parte envolvida- advogados) poderiam agilizar e economizar um enorme número de operações jurídicas e económicas. Actualmente há já quem esteja a trabalhar a partir desta tecnologia blockchain (destacando a plataforma Ethereum).

Mas, nada impede que se desenvolvam novas funcionalidades para redes distribuídas que ajudem a optimizar a gestão empresarial. Definitivamente,  DLT e blockchain não devem confundir-se. Enquanto o segundo deriva do primeiro e tem características muito particulares, a DLT, por seu lado, poderá surpreender-nos com desenvolvimentos mais interessantes que, sem dúvida, continuarão a impulsionar o mundo das fintech e legaltech, entre outros sectores da digitalização empresarial.

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