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Geração Y: as 7 principais características no trabalho

Antes de compreender as características mais aguçadas da geração Y no contexto laboral, é importante perceber o enquadramento em que este grupo geracional cresceu. Claro que, aqui, falamos de um panorama genérico, que não tem em consideração as diferentes situações e qualidade de vida de cada um/a dos indivíduos deste grupo etário. Assim sendo, a análise das sete principais características da geração Y no trabalho assume-se como uma visão generalista, não personalizada, que deve ser interpretada como tal.

A geração Y contempla as pessoas nascidas entre o final da década de 80 e meados da década seguinte. Esta definição varia, conforme os/as autores/as, mas é certo que o período entre 1985 e 1995 é consensual. Nas perspetivas mais abrangentes, os millennials são os indivíduos que chegaram ao mundo entre 1980 e 2000. Mas além do extrato temporal que ajuda a “localizar” este grupo etário, o que mais contribui para o desenvolvimento das características que o definem?

Bem, a prosperidade e a ausência de guerra são dois elementos fundamentais para a nossa interpretação da geração Y. Este grupo nasceu numa era em que a guerra se tornou um conceito que remete ao passado, ou, então, a países distantes do seu, física e culturalmente. Além disso, foram criados em situações económicas maioritariamente favoráveis, o que certamente também influencia a forma como se relacionam com o mundo.

Há, ainda assim, um fator que parece ser o mais latente quando o assunto são os millennials: o à vontade com o mundo digital. As pessoas deste grupo etário, quando analisadas através de uma visão mais lata do ponto de vista temporal, dividem-se em duas esferas – aquelas que não nasceram rodeadas de tecnologia, mas que em tenra idade começaram a conviver com e a fazer uso dela; e aquelas que são totalmente nativas digitais.

Sabemos que não existe uma maneira padronizada de captar ou reter o talento jovem, e que muitas estratégias podem ter sucesso. Também sabemos que os membros de uma mesma geração partilham muitas diferenças entre si e que cada um/a deve celebrar e conhecer a sua individualidade. Porém, numa pesquisa que sumariza vários estudos, é possível encontrar alguns elementos que se repetem. Através dessas repetições, é possível extrair algum conhecimento sobre este grupo geracional.

Talvez estes dados possam ajudá-lo/a a conhecer melhor a sua equipa, caso esteja num cargo de chefia em que o convívio com estes jovens é recorrente.

Equilíbrio entre a vida pessoal e profissional

Para a geração Y, a vida não pode ser só trabalho. Independentemente das suas ambições materiais, existe uma noção mais ou menos unânime de que a vida profissional deve coexistir em total equilíbrio com a vida pessoal. Portanto, se está a pensar recrutar jovens desta geração, saiba que valorizam o lazer e o tempo livre com a família e os/as amigos/as. A carreira é importante, mas a saúde mental e afetiva também.

A busca por um propósito/impacto

Não há nada mais motivador para as pessoas deste grupo etário do que saber que estão a ter impacto no mundo. Esta é uma daquelas características que pode ter um lado mau também, porque embora seja natural que existam tarefas mais entediantes em todas as carreiras, a geração Y não é propriamente a mais paciente. Vários estudos assinalam a sua baixa tolerância para lidar com a frustração, que pode advir precisamente do facto de sentirem que não estão a ter impacto. Por outro lado, essa busca por um propósito acaba por fazer destes profissionais pessoas altamente despertas para a análise do seu papel no mundo e, consequentemente, no seu local de trabalho.

geração y

Criatividade

Os millennials são uma geração faminta por inovação, o que tem muito a ver com o meio em que cresceram. A sociedade em que este grupo etário se desenvolveu apresenta o fluxo de informação mais ágil de sempre, com ideias, notícias e conteúdos que tocam em praticamente todos os temas que lhes possam interessar e que são partilhados quase em tempo real. Esta dinâmica, tal como a constante necessidade de fazerem cursos e/ou formações de forma a adquirirem novos conhecimentos (por força da rápida mutação do mundo laboral), fomenta a criatividade.

Inclusão

É preciso não esquecer que a geração Y cresceu num mundo global. Não apenas por conta das potencialidades da Internet, mas também através de programas como o Erasmus e, claro, a democratização das viagens e o fortalecimento do conceito europeu. Este grupo etário está habituado à diferença, ou pelo menos está habituado a que a inclusão seja tema de conversa. Na era da globalização, em que estamos a aprender cada vez mais e melhor a aceitar o que rompe com a norma, é importante que os/as decisores/as empresariais saibam como pode ser positivo captar e reter o talento que celebra ou representa essa diferença.

Adaptabilidade à mudança

Talvez um pouco como consequência do ponto anterior, sabemos que o talento jovem lida bastante bem com a mudança. Isto não significa que os profissionais de outras gerações anteriores não o sejam também, é evidente que tudo isso depende de pessoa para pessoa. Ainda assim, o mundo da Internet e das novas tecnologias está em constante mutação, pelo que os millennials estão habituados à novidade, ao surgimento de novas ferramentas, à transformação e criação de conceitos e à absorção de todo o tipo de informações ao mesmo tempo.

Tratar o digital por “tu”

Bem, este é o tópico que nada tem de surpreendente. A geração Y está profundamente familiarizada com as tecnologias de uso pessoal e profissional, os dispositivos que permitem essas tecnologias e, em suma, todo o conceito de digitalização. Afinal, foi durante as suas vidas que surgiram algumas das profissões mais recentes do mundo, que estão diretamente relacionadas com o mundo digital, o e-commerce, as redes sociais, a cibersegurança e afins. Portanto, podemos afirmar que uma das grandes mais-valias de ter uma equipa jovem é o à vontade que os seus elementos vão ter para lidar com as ferramentas tecnológicas que, cada vez mais, compõem o dia à dia das empresas.

Impaciência

A juventude é transversalmente marcada por um maior grau de impaciência. Mas também podemos analisar que, no caso da geração Y, a velocidade e prosperidade do meio em que cresceram poderá ter alguma influência nessa característica. Os jovens deste grupo etário tendem a, genericamente, querer as coisas mais rápido, habituados ao sentimento de gratificação imediata. A ideia de esperar cinco ou seis anos por uma promoção, no local de trabalho, pode ser problemática para os millennials, cujo alto grau de formação académica, por vezes, auxilia na criação da ideia de que são merecedores de um maior salário ou um maior reconhecimento. Pese embora as décadas de particular prosperidade que esta geração viveu, também temos que concordar que, com o aumento das habilitações da população, existe uma certa banalização do “canudo”.

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