Opinión

O trabalho temporário em Portugal

As empresas continuam a recrutar e a dificuldade, de momento, passa pela escassez de mão-de-obra, quer no trabalho não qualificado, quer em perfis mais especializados. Qual é o estado do trabalho temporário em Portugal?

Há claramente um crescimento significativo do trabalho temporário, face aos números de 2020, resultantes da pandemia Covid-19. O ano de 2021 já evidenciou essa retoma e 2022 está a consolidar-se de igual forma. A perspetiva para este ano era positiva, apesar do receio pandémico. Contudo, a situação de instabilidade do mercado e a dificuldade no abastecimento e fornecimento das matérias-primas, devido ao conflito europeu que se vive atualmente, tem vindo a fustigar as empresas e a deixar os empresários reticentes no que toca às contratações de colaboradores.

Por força da crise, as empresas tiveram de se organizar para recuperar e superar as suas dificuldades, passando as alterações pela externalização ou pela subcontratação de recursos humanos, o que lhes permite usufruir de formas mais flexíveis de trabalho, com custos fixos mais diminutos e maior rapidez na contratação dos perfis.

De acordo com a experiência da Nortempo, as empresas continuam a recrutar perfis, pelo que a dificuldade de momento passa muito pela escassez de mão-de-obra, quer no trabalho não qualificado, quer em perfis mais especializados. Há falta de profissionais em Portugal, e isso é já há muito um dado adquirido pelas empresas. A escassez de candidatos, e também de talento, já vinha a ser notada no período pré-pandemia, mas intensificou-se, aumentando o impacto após a mesma.

trabalho temporário em Portugal

Trabalho temporário em Portugal: não esquecer a retenção de talento

Na Nortempo, não tivemos outra alternativa a não ser reinventar-nos, por forma a sermos mais rápidos e eficientes, quer para ajudar os nossos clientes, quer para os nossos colaboradores, que são o nosso ativo no mercado de trabalho.

Sendo a nossa empresa especializada na gestão integral de recursos humanos, implementamos a automatização de processos, seguimos a tendência da digitalização com um novo processo de assinatura digital de documentos e apostamos, também, em novas plataformas de captação de perfis. Não podemos nem queremos parar, pelo que temos de estar conscientes de que o mercado está em constante mudança. Tudo é mais célere e as empresas precisam de se adaptar a esta nova realidade.

Outro dos desafios passa pelo mercado de trabalho, que está cada vez mais competitivo. Surgiram novas áreas de negócio, e outras que já existiam ganharam ainda mais peso, como é o caso da economia verde ligada à área da sustentabilidade. O caminho é por aí, temos diversificado a nossa área de negócio e alargado também a outros sectores industriais com os quais não trabalhávamos.

Ainda há uma outra questão importante que devemos analisar: a retenção de talentos, que está também a sofrer uma alteração profunda. É cada vez mais valorizada, pelo trabalhador, a qualidade de vida no trabalho e os empregadores devem estar conscientes desta realidade. As empresas têm de dar prioridade ao desenvolvimento dos seus colaboradores e potenciar as suas skills, em prol dos objetivos e propósito da empresa. O salário é importante, mas já não é tudo.

As mudanças são cada vez mais rápidas e as empresas precisam de se conseguir adaptar. Há estudos que defendem a ideia de que mais de metade dos empregos, em 2030, ainda não existem ao dia de hoje, por isso, quando olhamos para o profissional de hoje, temos como certeza que, este, não será o mesmo profissional do futuro.

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