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A impressão 3D pode ser essencial na redução do consumo de carne

A sustentabilidade dos nossos consumos é uma das principais preocupações da modernidade, não só pela questão ambiental e climática como, também, por motivos de saúde. É precisamente neste contexto que a impressão 3D pode fazer a diferença, nomeadamente no que ao consumo de carne diz respeito.

Todos os anos, mais de mil milhões de animais são assassinados para alimentar a espécie humana. Esses processos levam à utilização de enormes quantidades de água e de energia, num mundo em que a ciência, felizmente, está já equipada para fazer melhor. E se existem dúvidas sobre os desperdícios gerados pela indústria da carne, basta atentar ao seguinte: para produzir 1kg de bife são necessários 15 mil litros de água.

A par do meio ambiente, também a saúde humana irá sair beneficiada das alternativas ao consumo de carne. Afinal, está mais do que comprovado na comunidade médica e científica que este consumo, em particular das carnes vermelha e processada, aumenta o risco de doenças cardiovasculares, obesidade, cancro e morte prematura.

A Impressão 3D oferece alternativas

E se imprimirmos a carne que consumimos? Pode parecer estranho para o público em geral, mas tudo indica que deixará de o ser no futuro. Há pelo menos uma start up que está a investir fortemente nessa ideia, a israelita Redefine Meat. Através da impressão 3D, em escala industrial, estão a desenvolver um “bife alternativo” totalmente baseado em plantas. A aparência e a textura do produto parecem ser idênticas àquela a que estamos habituados.

Os cientistas identificaram os principais componentes dos bifes de vaca, de forma a decidirem o que imitar na criação do produto alternativo. As conclusões resultaram em três elementos — o sangue, a gordura e os músculos.

Se, por um lado, a fake meat / mock meat (carne falsa) não será propriamente novidade nas prateleiras do supermercado, a impressão 3D parece oferecer possibilidades diferentes daquelas que foram exploradas até agora. Isto porque a textura de um bife de vaca, ou até de outros tipos de carne, foi sempre o grande desafio para esse tipo de alternativas.

Através da tecnologia de impressão 3D, o “bife” contém camadas de fibras entrelaçadas que se assemelham muito mais à carne real. E como os olhos também comem, esta pode ser um passo fulcral para conquistar os consumidores mais reticentes. 

3D-printed fake meat: The healthier, greener future of food?

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O impacto ambiental

Sabemos que a indústria da carne tem vindo a provocar, no decorrer da sua longa e contínua existência, imensos danos ambientais. Além do uso extensivo de recursos como a água e a energia, esta indústria é responsável por uma significativa fatia do “bolo” das emissões de gases com efeito de estufa. Mas, afinal, a “carne” proveniente da impressão 3D é realmente mais amiga do ambiente?

Segundo as Organização das Nações Unidas, não há qualquer dúvida sobre este tema. As alternativas à carne, baseadas em plantas e vegetais, usam até 99% menos de água, até 95% menos de terra e são responsáveis por até 90% menos de emissões quando comparadas com a indústria tradicional da carne.

Tratam-se de número altos, que refletem como pequenas transformações nos nossos hábitos de consumo podem impactar o ambiente de forma decisiva para as gerações futuras. E tendo em conta a crise ambiental em que o planeta se encontra, a tecnologia, a ciência e a inovação vão continuar a ser muito bem-vindas — até porque é cada vez mais evidente como estas podem desenvolver as soluções revolucionárias de que precisamos, globalmente.

Por isso, estima-se que as empresas dedicadas às alternativas da carne, através da impressão 3D e não só, venham a aumentar nos próximos anos. A sustentabilidade deixou de ser um simples argumento de venda para passar a integrar as estratégias de negócio das organizações que procuram o sucesso e a longevidade.

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