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ChatGPT: O impacto da inteligência artificial

“Eu sou um modelo de linguagem de inteligência artificial criado pela OpenAI. Respondo a entradas de texto e gero resultados, com base nos padrões que vi no texto com que fui treinado. Posso responder a perguntas, dar explicações, gerar conteúdos criativos e executar outras tarefas relacionadas com a linguagem” – ChatGPT.

 

Esta é a resposta do ChatGPT (Generative Pre-Trained Transformer) quando se pergunta “O que és e o que fazes?”. A rede de inteligência artificial (IA) procura ajudar utilizadores a responder a todas as perguntas. Foram utilizados milhões de exemplos de texto da Internet, que lhe permitiram aprender, compreender e produzir linguagem humana. O objetivo é fornecer uma tecnologia que permita aos utilizadores conversarem com uma IA de forma natural e intuitiva, tal como fariam com qualquer outro ser humano.

No entanto, existe a preocupação de que possa ser usado para espalhar informações falsas ou prejudicar as conversas online. Alguns especialistas já alertaram para os perigos de uma tecnologia tão específica e outras empresas tecnológicas começaram a reagir.

Embora a nova ferramenta de IA tente ser o mais natural possível, nota-se ainda a falta da componente humana. Os exemplos de texto estudados pelo ChatGPT não lhe permitem ter uma conversa tão humana como seria de esperar de uma pessoa real. A ferramenta pode trazer benefícios e ajudar com diversos temas. No entanto, nunca poderá substitui um ser humano. Enquanto consegue responder a perguntas relacionadas com história, álgebra ou até filosofia, não tem a capacidade de aprofundar temas relacionados com a característica que distingue os seres humanos: a emoção.

 

Google também se junta à corrida

A Google também lançou uma nova ferramenta de inteligência artificial chamada Bard, que parece ser uma resposta ao ChatGPT. Sem grandes detalhes, a gigante tecnológica refere que Bard retira as informações da Internet de forma a dar respostas novas e de alta qualidade. O “concorrente” do ChatGPT pode ser também usado para fins criativos ou apenas informativos.

De acordo com a Google, o Bard pode fazer com que uma criança de nove anos perceba o super-telescópio James Webb ou saiba mais sobre os melhores avançados do futebol. O chatbot pode também ajudar com o planeamento de um baby shower, a comparação de filmes indicados aos Óscares ou a criação de uma refeição, de acordo com a comida disponível no frigorífico. Embora a empresa não mencione nada relativamente à concorrência, vários especialistas acreditam que esta nova ferramenta é claramente a resposta da gigante tecnológica à sua grande concorrente, a Microsoft.

 

Avanços da inteligência artificial

A inteligência artificial tem evoluído significativamente nos últimos anos. Alguns dos fatores que mais contribuíram para o avanço da IA são o aumento da capacidade de processamento de computadores, a disponibilidade de grandes conjuntos de dados e a melhoria dos algoritmos das máquinas.

Desde que surgiu em 1950, a inteligência artificial foi utilizada em diversas áreas, como é o caso da robótica, da saúde, das finanças e do transporte. No entanto, foi nos últimos anos que começou a ter um impacto mais significativo na sociedade, alterando a forma como as pessoas trabalham e se relacionam com a tecnologia.

As máquinas começaram a aprender a partir de enormes quantidades de dados e melhoraram a sua capacidade de compreensão e resposta a perguntas humanas. Além disso, a IA também é usada para solucionar problemas complexos, como diagnósticos médicos precisos, previsão climática e otimização de logística.

 

IA levanta questões éticas

Ainda que não consiga substituir um ser humano, o modelo de linguagem de AI pode, possivelmente, prejudicá-lo. De acordo com alguns especialistas, o ChatGPT pode ser utilizado para realizar atividades ilegais, espalhar informações falsas, prejudicar as conversas online, manipular informações, entre outros. Quem o diz é o próprio modelo de linguagem de IA. A ferramenta alerta para o perigo da inteligência artificial, sendo que esta pode ser “utilizada para ampliar as desigualdades económicas e sociais”.

De acordo com a fonte de informação, a IA pode ainda “ser utilizada para automatizar muitas tarefas”, levando ao “desemprego em massa e ao aumento da desigualdade. Além disso, pode ser utilizada para controlar ou monitorizar as pessoas”, causando uma “perda de privacidade” e uma “diminuição dos direitos civis“.

Alguns especialistas receiam que os sistemas usados por estas ferramentas possam ser utilizados para plágio, fraude ou disseminação de desinformação, apesar de os defensores da IA o considerarem um grande salto tecnológico. Os riscos do ChatGPT, por exemplo, enfatizam a necessidade urgente de leis, de forma a definir um padrão global para a tecnologia. O Parlamento Europeu está, atualmente, em discussão relativamente a esta regulamentação.

As empresas, por sua vez, ao classificarem as tecnologias de inteligência artificial de “alto risco”, teriam requisitos de conformidade mais rígidos e custos mais elevados. Uma sondagem realizada pelo organismo da indústria de inteligência artificial aplicada mostra que 51% dos entrevistados esperam uma desaceleração das suas atividades de desenvolvimento destas tecnologias como consequência da Lei da inteligência artificial.

Há ainda preocupações relativamente à privacidade e à segurança dos dados pessoais. É importante que a sociedade aborde estas questões de maneira responsável e equilibrada, para que se possa aproveitar plenamente os benefícios da IA.

 

Automação pode levar ao desemprego

A evolução da inteligência artificial levanta questões éticas e sociais importantes. A automação pode levar ao desemprego em determinadas áreas. Desde o lançamento do ChatGPT, a ferramenta tem sido usada para escrever cartas de apresentação, um livro infantil e até mesmo ajudar os alunos a “copiar” nos trabalhos.

A Google admitiu que, teoricamente, contrataria o chatbot como um codificador básico, se fosse entrevistado pela gigante tecnológica. Os colaboradores da Amazon testaram o ChatGPT e afirmaram que faz um “trabalho muito bom” ao responder a perguntas de apoio ao cliente. É “ótimo” a elaborar documentos formativos e “muito forte” na resposta a perguntas sobre estratégia corporativa.

Entre as várias profissões que poderiam ser substituídas pela inteligência artificial, encontram-se os profissionais da área de IT (programadores, analistas de dados, engenheiros de software), da área de Media (publicidade, criação de conteúdo, redação técnica, copywriters, jornalistas), da área legal (assistentes jurídicos), da área das Finanças (analistas, consultores financeiros), de Atendimento ao Cliente, entre outros.

Não obstante, estas profissões poderiam ser substituídas por robótica avançada com inteligência artificial apenas na teoria. Na prática, ainda não está a acontecer, até porque por muito que o ChatGPT esteja a ter bastante sucesso, ainda não consegue substituir uma pessoa, por não possuir uma componente mais humana, que lhe permita não só sentir empatia, como também lidar com problemas mais humanos.

A IA pode ser benéfica em várias áreas, como é o caso da judicial. Pode tornar o sistema jurídico mais eficiente e facilitar a redação de textos, por exemplo. Há diversos outros setores que podem beneficiar deste tipo de tecnologia, de forma a que os profissionais não fiquem tão sobrecarregados com tarefas burocráticas e morosas. Na área criativa, a inteligência artificial também pode ser uma boa ferramenta de suporte, ao auxiliar designers ou mesmo escritores, através de ideias ou sugestões.

No entanto, e de acordo com o próprio ChatGPT, a “IA pode ser perigosa para os humanos, se não for utilizada de maneira responsável e ética. É importante que os desenvolvedores de IA tenham em mente os riscos e as possíveis consequências dos seus trabalhos, e que implementem medidas de segurança e ética adequadas para minimizar esses riscos”.

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