A análise das demonstrações financeiras de uma empresa permite obter informações económicas relevantes sobre a mesma, durante um determinado período de tempo. As demonstrações financeiras também são conhecidas como demonstrações contábeis ou relatórios financeiros. Contêm todos os elementos que compõem as contas anuais de uma organização, indicando o seu valor económico nesse momento.
Existem quatro demonstrações financeiras que mostram, claramente e de forma exaustiva, o que uma empresa possui:
É muito importante que os gestores das empresas os analisem com regularidade, porque sãos os dados mais relevantes na tomada de decisões para o negócio. Esta informação é normalmente verificada na contabilidade da empresa.
“São conhecidos como demonstrações contábeis e incluem os elementos que compõem as contas anuais de uma empresa”.
As demonstrações financeiras também servem para ajudar as instituições de crédito a saber se uma empresa é ou não rentável, qual o risco de lhes emprestar dinheiro e o montante que lhes podem dar. Da mesma forma, os acionistas poderão saber se estão a ganhar ou a perder, ao depositar confiança (e investimento) numa organização.
Um balanço fornece informação detalhada sobre os ativos, os passivos e o capital próprio de uma empresa. A análise do balanço mostra a situação financeira da empresa num determinado período de tempo, bem como o que a empresa deve, o que possui e o que investiu.
Tratam-se de bens com valor (geralmente físicos) que uma empresa possui. Normalmente, esta pode vendê-los, utilizá-los para criar produtos ou oferecer serviços. Os serviços também se podem vender e incluem veículos, mobiliário, equipas e inventário. Consideram-se ainda ativos os bens intangíveis, ou seja, não físicos, mas com valor, como é o caso das marcas comerciais e das patentes. Os investimentos que a empresa faz também se incluem neste grupo, bem como o dinheiro líquido.
Esta é a quantia de dinheiro que uma empresa deve a terceiros. Pode incluir todo o tipo de obrigações, tais como empréstimos contraídos ao lançar um novo produto, aluguer de um edifício, pagamentos aos fornecedores, salários dos colaboradores, custos de limpeza ou impostos. As responsabilidades incluem também a obrigação de fornecimento de bens ou serviços aos seus clientes.
O capital próprio também é frequentemente referido como capital ou património líquido. Isto refere-se ao dinheiro que sobraria se a empresa vendesse todos os seus ativos e pagasse todas as suas dívidas. O montante restante pertence aos acionistas ou proprietários da empresa.
A declaração de rendimentos é um relatório que mostra os rendimentos de uma empresa, durante um período de tempo específico — geralmente durante um ano ou parte de um ano. Apresenta os custos e despesas associados a essas receitas. O resultado final mostra o lucro ou a perda líquida da empresa, ou seja, quanto ganhou ou perdeu durante um período de tempo.
As declarações de rendimentos também relatam lucros por ação, que representam quanto dinheiro os acionistas receberiam se a empresa decidisse distribuir a totalidade dos lucros líquidos. No topo da declaração de rendimentos está o montante total, que provém das vendas de produtos ou serviços, chamado “rendimento bruto ou vendas” (bruto porque as despesas ainda não foram deduzidas). Abaixo está a quantidade de dinheiro que a empresa não espera cobrar em certas vendas devido a, por exemplo, descontos ou mercadorias devolvidas.
O rendimento líquido da empresa, igualmente chamado “dinheiro limpo”, calcula-se subtraindo os rendimentos e provisões do rendimento bruto da mesma.
Por outro lado, existem as várias despesas de funcionamento, que também têm de ser analisadas. Embora estes números possam ser reportados em várias encomendas, o rendimento líquido é normalmente seguido pelo custo das vendas.
“Todos as demonstrações financeiras da empresa estão relacionadas, dando origem a lucros e/ou perdas da empresa”.
Assim sendo, isto indica o montante de dinheiro que a empresa gastou para produzir os bens ou serviços que vendeu durante o período contabilístico. Sob o mesmo ponto de vista, o chamado “lucro bruto” ou “margem bruta” é o subtotal a que se chegou, depois de subtrair o custo das vendas da receita líquida.
Estas são despesas de apoio às operações de uma empresa, durante um determinado período de tempo. Salários do pessoal ou custos de investigação de novos produtos são alguns dos exemplos. Estas despesas são diferentes das despesas de venda, porque não podem estar diretamente ligadas à produção a ou serviços oferecidos.
As demonstrações do fluxo de caixa relatam as entradas e saídas de caixa de uma empresa. Esta informação é bastante importante, dado que qualquer empresa precisa de ter dinheiro suficiente disponível para fazer face às suas despesas e comprar bens. Enquanto uma declaração de rendimentos pode mostrar se uma empresa teve lucro, uma demonstração de fluxo de caixa informa se gerou dinheiro, como o nome implica.
No geral, as demonstrações dos fluxos de caixa estão então divididas em três partes principais, cada uma das quais analisa estes dados para cada uma das atividades. São estas o funcionamento, o investimento e o financiamento.
Esta é uma demonstração bastante comum no caso de empresas cotadas, uma vez que o capital social de uma empresa pode mudar, se esta tiver um maior número de acionistas. Este movimento pode alterar o valor das ações emitidas pela empresa e, consecutivamente, os dividendos pagos pela mesma.
Em suma, todas as demonstrações financeiras da empresa estão relacionadas. As alterações do ativo e do passivo no balanço também se refletem nas receitas e despesas na demonstração de resultados que, por sua vez, dão origem aos lucros e perdas da empresa.
