Estamos perante um novo renascimento, uma nova revolução económico-tecnológica que nos obriga a saber como serão as tecnologias no metaverso. Espera-se que elas sirvam para fortalecer a proposta de valor de uma empresa, enriquecê-la, diversificá-la e impactar audiências e comunidades com bens digitais que nunca imaginámos que existissem.
Da mesma forma que a Internet se desenvolveu através da soma de milhões de páginas web, o metaverso será constituído por milhões de espaços virtuais. O conceito tem uma vantagem poética: o desenvolvimento de um espaço virtual realiza-se através da confluência de várias tecnologias. Quais delas estarão disponíveis para todos? Como se aplicam ao seu (futuro) modelo de negócio?
Se está a considerar iniciar um projeto no metaverso, tome nota das ferramentas tecnológicas de que necessita para o tornar um sucesso.
Não há dúvida de que a conectividade ultra-rápida será essencial para o desenvolvimento de mundos virtuais. O seu valor diferencial em aspectos como a largura de banda e a baixa latência fazem desta tecnologia uma necessidade. Além disso, num universo em que a Realidade Virtual e a Realidade Aumentada, a variedade de dispositivos conectados, a maior carga de processamento na nuvem ou a renderização remota serão uma condição sine qua non do metaverso, as redes de quinta geração são um pilar fundamental.
Estamos a avançar para um metaverso onde a realidade física e digital se fundem numa realidade semi ou totalmente virtual. Assim, tecnologias como a Realidade Virtual (RV) e a Realidade Aumentada (RA) tornam-se cada vez mais as protagonistas dessa realidade.
Desde um jogo de vídeo imersivo, a visitar um museu, ou até a criar espaços de trabalho remotos mais eficientes com elementos 3D totalmente integrados, estas tecnologias oferecem inúmeras possibilidades. Desse modo, tudo isto permite alcançar, gradualmente, uma experiência virtual e sensorial cada vez melhor.
Sendo uma das tecnologias mais disruptivas do momento, a Blockchain deveria, segundo os especialistas, estar no centro do metaverso. Dessa forma, permite que os utilizadores tenham os seus bens em segurança. No entanto, para além da propriedade, esta tecnologia de criptografia é considerada um método de controlo sobre aspetos como a transferência de valor, a interoperabilidade entre plataformas ou a recolha de bens digitais.
O metaverso será constituído por milhões de espaços virtuais aos quais teremos acesso. Só ainda não sabemos como.
Ligar facilmente o mundo 3D a um grande número de dispositivos da vida real ou aumentar a precisão das representações digitais através da recolha e ligação de dados do mundo real. Ambos os objetivos são apontados como duas das principais funções que a IoT irá trazer ao metaverso.
As capacidades desta tecnologia poderiam ir mais longe, pois combinada com a IA e com Aprendizagem Automática, poderia gerir eficazmente todos os dados que compõem o ecossistema do metaverso.
A recriação de espaços hiper-realistas e de aspecto natural será essencial no metaverso. Edifícios, locais físicos, objectos… A reconstrução 3D está no seu auge. É por isso que setores como o imobiliário o transformaram num bem dentro dos seus modelos de negócio. Além disso, com uma combinação de dados espaciais 3D e fotografia HD 4K, a tecnologia imersiva tornar-se-á cada vez mais realista.
No entanto, deixamos um aviso aos utilizadores: é necessário concentrar-se no propósito de cada uma das tecnologias no metaverso para que não se torne um trompe l’oeil que nos confunde através de expectativas a curto prazo.